domingo, 20 de setembro de 2009

A era do fonão

NA DELE Florian Blot usa seu modelo colorido em São Paulo: "Mergulho no meu mundo"


Com os aparelhos musicais cada vez menores fica difícil acreditar que os fones de ouvido estão retornando à sua origem, ou seja, estão ficando maiores, estilo década de 70. Uma reportagem da Revista ISTOÉ, mostra que a "era do fonão" está de volta, e principalmente, está sendo aceito por muitos usuários.


Vejam a reportagem.


Eles reinaram absolutos na década de 70, perderam espaço para modelos menores e mais leves com o advento do walkman nos anos 80 e foram aposentados de vez com o surgimento dos earphones na década passada. Agora, de carona na onda de valorização do vintage, os headphones, aqueles fones de ouvido grandes e pesados, estão de volta com tudo. O paradoxo é que, enquanto os aparelhos de tocar música diminuem - há MP3 menores do que caixa de fósforos -, os de ouvir aumentam. As versões atuais abandonaram o tédio do preto monocromático e têm design, cores e estampas variados. Tornaram-se, portanto, um acessório de moda, que pode ser visto nas praias da Califórnia, nas ruas de Londres e agora também em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O francês radicado no Brasil Florian Blot, 26 anos, descobriu o fonão em 2002, quando ainda morava na Europa. Já teve vários e, atualmente, possui quatro, de cores e estampas diferentes. "Vou caminhando de casa para o trabalho e passo por ruas movimentadas e barulhentas", diz ele, morador de São Paulo desde o ano passado. "Essa é a única maneira de eu ouvir a minha música e mergulhar no meu mundo."
Os headphones modernos começaram recentemente a desembarcar no Brasil. Em parceria com a loja Surface2Air, em São Paulo, a grife californiana Nixon, lançou há três meses dois modelos no País e um terceiro tipo está prestes a chegar. A marca americana Skulcandy pode ser encontrada em lojas especializadas. O preço desses acessórios, no entanto, está longe de ser acessível: não sai por menos de R$ 400. Para os usuários mais discretos, que primam pela qualidade sonora, mas dispensam o elemento fashion, há versões básicas - e mais em conta - de marcas como Philips. A moda é positiva para quem gosta de música. Mas nem por isso o usuário deve ignorar que som alto diretamente nos tímpanos resulta em perda de audição. "O volume máximo suportado pelo aparelho auditivo sem danos é de 80 decibéis", diz a fonoaudióloga Marcella Vidal. É preciso estar de olho nas especificações técnicas dos headphones e levar a sério a recomendação. Afinal, não vale ser fashion a qualquer custo.















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